quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ministro extraordinário da comunhão


ministro extraordinário da comunhão é, na Igreja Católica, um leigo a quem é dada permissão, de forma temporária ou permanente, de distribuir a comunhão aos fiéis, na missa ou noutras circunstâncias, quando não há um ministro ordenado (bispopresbítero ou diácono) que o possa fazer.
Chamam-se extraordinários porque só devem exercer o seu ministério em caso de necessidade, e porque os ministros ordinários (isto é, habituais) da comunhão são apenas os fiéis que receberam osacramento da ordem. Na verdade, é a estes que compete, por direito, distribuir a comunhão. Por esse motivo, o nome desta função é ministro extraordinário da comunhão, e não da Eucaristia, visto que apenas os sacerdotes são ministros da Eucaristia, e a função dos ministros extraordinários da comunhão exerce-se apenas na sua distribuição.

Origem

Os ministros extraordinários da comunhão surgiram na Igreja Católica após o Concílio Vaticano II, como resposta à escassez de ministros ordenados, e à necessidade de pessoas que pudessem auxiliar os ministros ordenados na distribuição da comunhão em diversas circunstâncias, tarefa que para muitos se tornava demasiado extenuante devido ao tempo e esforço despendido. A introdução de ministros leigos que pudessem auxiliar na ausência de outros ministros ordenados teve como finalidade trazer mais eficácia e dignidade à distribuição da Eucaristia.
Bem acolhida na generalidade, esta novidade, contudo, não foi bem aceite por muitos católicos tradicionalistas, que sublinharam a anterior disciplina de não permitir aos leigos, em absoluto, tocar no pão ou no vinho consagrado nem nos vasos sagrados que os contêm.

Preparação e designação dos ministros extraordinários da comunhão

Os ministros extraordinários da comunhão devem ser escolhidos entre a comunidade cristã respectiva e devem ser pessoas idóneas e com boa prática cristã. Na maior parte das dioceses, os candidatos, antes de assumirem as suas funções, recebem uma formação litúrgica e doutrinal que lhes permita exercer a sua função com a máxima dignidade e decoro.
No fim de tal formação, são admitidos pelo bispo às funções para que foram escolhidos, o que nalguns casos é feito numa celebração litúrgica. Normalmente, a função é atribuída por um determinado prazo, que geralmente pode ser renovado.
No entanto, para o caso duma celebração em que são necessários os serviços dum ministro extraordinário da comunhão e não se encontra nenhum na assembleia, pode ser designada nesse momento uma pessoa idónea que auxilie o presidente da celebração. O missal romano apresenta, para esse efeito, uma fórmula de designação eventual de ministro extraordinário da comunhão. Neste caso, porém, a designação desse ministro cessa ao terminar a celebração.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ministro_extraordin%C3%A1rio_da_comunh%C3%A3o

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Maria (mãe de Jesus)


Maria (do grego Μαρία, María, transliteração do hebraico מרים, MaryamMiriã ou Miriam, que significa "contumácia" ou "rebelião" [1][nota 1]; a origem é incerta, mas pode ter sido originalmente um nome egípcio, provavelmente derivado de mry ("amada") ou mr ("amor"),[2] no sentido de "senhora amada"; era a mãe de Jesus de Nazaré, segundo a Bíblia. Acredita-se que tenha nascido em Jerusalém a partir de 15 a.C., para alguns estudiosos teria nascido em Nazaré. A veneração feita à Virgem Maria é conhecido por Marianismo.
Alguns autores afirmam que Maria era filha de Eli, mas a genealogia fornecida por Lucas alista o marido de Maria, São José, como "filho de Eli". A Cyclopædia (Ciclopédia) de M'Clintock e Strong (1881, Vol. III, p. 774) diz: "É bem conhecido que os judeus, ao elaborarem suas tabelas genealógicas, levavam em conta apenas os varões, rejeitando o nome da filha quando o sangue do avô era transmitido ao neto por uma filha, e contando o marido desta filha em lugar do filho do avô materno. (Números 26:33Números 27:4-7)." Possivelmente por este motivo Lucas diz que José era «filho de Eli»

Primeiros anos


Os primeiros sete passos de Maria.
Mosaico do séc. XII na Igreja de ChoraIstambul..
Segundo uma tradição católica estima-se que a Virgem teria nascido a 8 de setembro,[4] num sábado, [carece de fontes] data em que a Igreja festeja a sua Natividade.[4]Também é da tradição pertencer à descendência de Davi - neste sentido existem relatos de Inácio de AntioquiaSanto IrineuSão Justino e de Tertuliano - consta ainda dos "apócrifos" Evangelho do nascimento de Maria e do Protoevangelion e é também de uma antiga tradição que remonta ao século II que seu pai seria São Joaquim, descendente de Davi, e que sua mãe seria Sant'Ana, da descendência do Sacerdote Aarão.
Pelo texto Caverna dos Tesouros, atribuído a Efrém da Síria, Ana (Hannâ ou Dînâ) era filha de Pâkôdh e seu marido se chamava Yônâkhîr.[5]Yônâkhîr e Jacó eram filhos de Matã e Sabhrath.[5] Jacó foi o pai de José, desta forma, José e Maria eram primos.[5] Maria nasceu sessenta anos depois que seu pai, São Joaquim, tomouSanta Ana por esposa.[5]
De acordo com o costume judaico aos três anos, Maria teria sido apresentada no Templo de Jerusalém, é também da tradição que ali teria permanecido até os doze anos no serviço do Senhor, quando então teria morrido seu pai, São Joaquim.
Com a morte do pai teria se transferido para Nazaré, onde São José morava. Três anos depois realizar-se-iam os esponsais. Os padres bolandistas, que dirigiram a publicação da Acta Sanctorum de 1643 a 1794, supõem em seus estudos que São Joaquim era irmão de São José, o que caracterizaria um caso de endogamia, o que era comum entre os judeus.

Nos Evangelhos


Visitação a Santa Isabel,Domenico Ghirlandaio, 1491, Museu do Louvre, Paris.
O papel que ocupa na Bíblia é mais discreto se comparados com a tradição católica. Os dados estritamente biográficos derivados dos Evangelhos dizem-nos que era uma jovem donzela virgem (em grego παρθένος), quando concebeu Jesus, o Filho de Deus. Era uma mulher verdadeiramente devota e corajosa. O Evangelho de João menciona que antes de Jesus morrer, Maria foi confiada aos cuidados do apóstolo João e a Igreja Católica viu aí que nele estava representada toda a humanidade, filha da Nova Eva.
É dezenove vezes citada no Novo Testamento, entre elas: «A virgem engravidará e dará à luz um filho ... Mas José não teve relações com ela, que deu à luz um filho, por obra do Espírito Santo. E ele lhe pôs o nome Jesus.» (Mateus 1:23-25)[3], "Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. ... será chamado Filho do Altíssimo." Maria pergunta ao anjo Gabriel: "Como acontecerá isso, se sou virgem [literalmente: se não conheço homem]?" O anjo respondeu: «O Espírito Santovirá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que nascer será chamado santo, Filho de Deus.» (Lucas 1:26-35)[3].

Maria no catolicismo romano


Segundo a doutrina da Igreja Católica, Maria está associada aos seguintes dogmas de :
As igrejas ortodoxas e anglicanas na sua maioria aceitam estes mesmos dogmas. As confissões protestantes não os aceitam outras mostram-se reticentes sobre o tema.

Maternidade Divina

Este dogma foi proclamado pela Igreja Católica no Concílio de Éfeso em 431, como sendo Maria a "Mãe de Deus", em gregoTheotokos e em latim Mater Dei. O Concílio de Éfeso proclamou que "se alguém não confessa que o Emmanuel é verdadeiramente Deus, e que por isso a Santíssima Virgem é Mãe de Deus, já que engendrou segundo a carne o Verbo de Deus encarnado, seja anátema "(...). Segundo São Tomás de Aquino "A Santíssima Virgem, por ser Mãe de Deus, possui uma dignidade, de certo modo infinita, derivada do bem infinito que é Deus". [6

Virgindade Perpétua

Sobre este tema, especificamente, discorreu na antiguidade, Ambrósio de Milão, por volta do ano 391 ou 392, na obra De Institutione Virginis, em que se ocupa em defender a virgindade perpétua de Maria, contra algumas vozes que se levantavam na época contra esta prerrogativa que Lhe é reconhecida por algumas igrejas cristãs.
Sobre a virgindade de Maria, os cristãos católicosprotestantes e ortodoxos creem que Maria era virgem quando deu à luz Jesus, mas apenas a Igreja Católica e os ortodoxos creem que Maria ficou perpetuamente virgem. A tese sobre sua virgindade no nascimento de Cristo está ligada à profecia de Isaías 7:14.

Imaculada Conceição


Na bula papal dogmática Ineffabilis Deus, foi feita a definição oficial do dogma da Imaculada Conceição; nela, em 8 de dezembro de 1854 disse Pio IX: (...) que a doutrina que defende que a beatíssima Virgem Maria foi preservada de toda a mancha do pecado original desde o primeiro instante da sua concepção, por singular graça de privilégio de Deus omnipotente e em atenção aos merecimentos de Jesus Cristo salvador do gênero humano, foi revelada por Deus e que, por isso deve ser admitida com fé firme e constante por todos os fiéis. [7]
Em 8 de setembro de 1953Pio XII através da Carta encíclica Fulgens corona anunciou a celebração do "Ano Mariano" comemorativo do primeiro centenário da definição do dogma da "Imaculada Conceição da Bem-aventurada Virgem Maria". Em 5 de dezembro de 2007Bento XVI fez tornar público decreto que concede indulgência plenária aos fiéis que cumprirem as condições nele estabelecidas, por ocasião do "150º. aniversário da manifestação da Beata Virgem Maria na Gruta de Massabielle, próximo a Lourdes"[8]

A Dormição


Não há registros históricos do momento da morte de Maria. Diz uma tradição cristã, atestada por Hipólito de Tebas[9], que ela teria morrido (Dormição da Virgem Maria) no ano 41 d.C. e seu corpo depositado no Getsêmani.
Desde os primeiros séculos, usou-se a expressão dormitação, do lat. dormitáre, em vez de "morte". Alguns teólogos e santos da Igreja Católica, sustentam que Maria não teria morrido, mas teria "dormitado" e assim levada aos Céus; outra corrente, diversamente, sustenta que não teria tido este privilégio uma vez que o próprio Jesus passou pela morte.

A Dormição de Maria, por Duccio di Buoninsegna, 1308, Museo dell'Opera del Duomo, Siena.
Na liturgia bizantina a festa da dormição ocorre no dia 31 de agosto, é a Dormição da SS. Mãe de Deus, "Kóimesis" em grego e Uspénie em língua eslava eclesiástica, termos que se referem ao ato de dormir. A partir de 1 de agosto, na Igreja oriental e bizantina (ortodoxos e greco-católicos) inicia-se a preparação para esta festa. O dia 15 de agosto foi estabelecido pelo imperador Maurício (582-602), do Império Romano do Oriente, mantendo assim uma antiga tradição, no Ocidente foi introduzida pelo Papa Sérgio I[10]
Do ponto de vista oficial do magistério da Igreja Católica, sobre esta matéria, nunca se duvidou da Assunção. Reservou-se ao dogma apenas o tema da Assunção em si. Sobre a dormição de Maria, entretanto, João Paulo II assim se manifestou:
(...) Novo Testamento não dá nenhuma informação sobre as circunstâncias da morte de Maria. Este silêncio induz supor que se produziu normalmente, sem nenhum fato digno de menção. Se não tivesse sido assim, como teria podido passar despercebida essa notícia a seu contemporâneos sem que chegasse, de alguma maneira até nós?
No que diz respeito às causas da morte de Maria, não parecem fundadas as opiniões que querem excluir as causas naturais. Mais importante é investigar a atitude espiritual da Virgem no momento de deixar este mundo. A este propósito, São Francisco de Sales considera que a morte de Maria se produziu como efeito de um ímpeto de amor. Fala de uma morte "no amor, por causa do amor e por amor" e por isso chega a afirmar que a Mãe de Deus morreu de amor por seu filho Jesus (Tratado do Amor de Deus, Liv. 7, cc. XIII-XIV).
Qualquer que tenha sido o fato orgânico e biológico que, do ponto de vista físico, Lhe tenha produzido a morte, pode-se dizer que o trânsito desta vida para a outra foi para Maria um amadurecimento da graça na glória, de modo que nunca melhor que nesse caso a morte pode conceber-se como uma "dormição". [11]

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_(m%C3%A3e_de_Jesus)