GENERALIDADES
Os ícones cristãos mais antigos, como concepção de imagem sagrada, aparecem em Constantinopla, no Egipto, na Síria e na Palestina (séculos VI a VIII), como meditação sobre a figura e os mistérios de Jesus Cristo, da Mãe de Deus, de anjos, de santos e de figuras do Antigo e Novo Testamento. Os ícones de Constantinopla estão próximos da tradição greco-romana, os do Egipto inspiram-se em modelos orientais, os sírios apresentam uma simbiose de formas clássicas e orientais.
O cristianismo oriental espraia-se por um imenso mundo de culturas, ritos, liturgias, tradições monásticas. Os ícones estão relacionados com a Bíblia, a evolução das culturas, com a história de cada nação, com a vida religiosa, quotidiana, familiar, com o monaquismo e a liturgia. Após a crise da proibição de imagens ou iconoclasmo (730-843), a estética e a técnica do ícone bizantino evoluíram, atingindo grau elevado de perfeição nos séculos X a XV, em particular na Grécia e na Rússia. O século XVI é já considerado como época um pouco tardia, na história da iconografia bizantino-eslava, enquanto que a iconografia cristã arabófona, conhece um certo renascimento a partir do século XVIII.
O ícone bizantino-eslavo, na sua concepção, filosofia e função, é imagem do invisível, marcada pelo mistério da Encarnação de Jesus Cristo, expressão de procura interior e de encontro com o divino, de contemplação, de elevação do espírito e paz interior. Nele perdura uma espiritualidade que nós, ocidentais, deveríamos conhecer e aprofundar, em diálogo com a nossa cultura e espiritualidade.
Fonte: http://triplov.com/triplo2/2011/07/15/o-mundo-dos-icones/
Fonte: http://triplov.com/triplo2/2011/07/15/o-mundo-dos-icones/
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